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Geovana Nogueira: De Londrina para os Estados Unidos

A fundação World Food Prize (WFP) foi criada pelo Eng° Agrônomo Norman Borlaug, prêmio Nobel da Paz de 1970, por ter desenvolvido tecnologias que multiplicaram a produtividade das culturas agrícolas, principalmente dos cereais, promovendo a segurança alimentar no Mundo e salvando da fome cerca de um (1) bilhão de pessoas, principalmente em países menos favorecidos. Todos os anos a WFP escolhe pessoas que fizeram diferença no combate à fome no Mundo e as concede uma láurea (World Food Prize). Acredita que o desenvolvimento e a paz entre as nações podem ser mais facilmente alcançados se as populações estiverem bem alimentadas. Aposta na ação dos jovens para eliminar a fome e mudar o mundo. Por isso, criou o Global Youth Institute, que patrocina cerca de 200 alunos considerados “top” dos Estados Unidos e de outros países, para participar de intercâmbios em diversos países desenvolvendo trabalhos de pesquisa agrícola. Após o intercâmbio, esses jovens reúnem-se em Des Moines, Iowa, para participar de três dias de evento onde apresentam seus trabalhos e interagem entre si e com os laureados da World Food Prize, naquele ano. Sendo eu candidata a participar do Global Youth Institute 2018 e, contando com o patrocínio da AgroBravo, farei a viagem aos EUA para participar do intercâmbio e apresentar o trabalho de pesquisa que estou desenvolvendo na Embrapa Soja.

O trabalho consiste em comprovar uma forma mais sustentável e econômica de produção de feijão. Estou testando uma tecnologia que aumenta a produtividade, economiza recursos e preserva o ambiente por diminuir a poluição. Minha pesquisa consiste em testar bactérias fixadoras de nitrogênio (N) do ar em substituição à adubação com N mineral, que além de ser de alto custo é também poluidor do lençol freático e dos cursos d’água. Como a inoculação de leguminosas, como o feijão, com bactérias fixadoras de N é uma tecnologia fácil de ser adotada e tais bactérias são de relativamente fácil obtenção, essa tecnologia pode garantir boas produções de grãos a baixo custo para populações carentes em qualquer parte do mundo. Os tratamentos usados na pesquisa em casa de vegetação são: 1 – controle ou testemunha; 2 – nitrogênio mineral; 3) Rhizobium sp. (bactéria fixadoras de N); e 4 – Rhizobium sp. + Azospirillum sp. (fixadoras de N e promotora de crescimento). Em cada um dos tratamentos estou medindo e comparando as características agronômicas do feijoeiro, como número de nódulos (fixação de N) e produção de massa verde. Também estou medindo a fotossíntese para verificar o efeito dos tratamentos sobre a fisiologia das plantas de feijoeiro. Na maturação vou avaliar o rendimento de grãos das plantas submetidas a cada um dos tratamentos e compará-los. Ao término do trabalho de pesquisa, juntamente com meus orientadores na Embrapa Soja, vou preparar um pôster, em inglês, e apresenta-lo na reunião do Global Youth Institute, em outubro de 2018, em Des Moines, Iowa, EUA.
Geovana Nogueira
Estagiária – Embrapa Soja

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Bom Aluno Londrina

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