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Ansiedade: Quando devo procurar ajuda?

A ansiedade é uma condição natural e presente em todo ser humano, sua função é estimular o organismo a enfrentar situações reais ou imaginárias de perigo, função essa também executada pelo estresse, a diferença entre eles é que o estresse é uma reação aos acontecimentos externos e a ansiedade aos internos.

O papel da ansiedade é impulsionar o desempenho, ela coloca em evidência o significado positivo de cada experiência e através do medo faz o indivíduo agir para garantir que suas expectativas sejam atendidas. Por exemplo, sabe quando você vai fazer uma viagem na qual sonhou muito? A ansiedade é aquela agitação que sente durante a espera, ela motiva você a agir de forma adequada para que nada dê errado. E quando vai fazer uma prova, também fica agitado, não é mesmo? É porque uma nota alta é significativa para você, certo? Estudar para a prova e organizar a viagem são ações motivadas pela ansiedade, que te impulsiona a realizar coisas importantes e de valor pessoal.

Bom, mas em que momento a ansiedade se torna esse bicho papão que aterroriza tanta gente hoje em dia? Quando ao invés de estimular para a ação ela passa a paralisar o indivíduo, reduzindo seu rendimento e contentamento com as atividades e com a vida. 

Aprendemos que a ansiedade se manifesta na reação aos conteúdos internos, pois nem sempre a nossa compreensão da realidade é positiva e verdadeira, muitas vezes vemos perigo onde não tem, temos medo do que não existe, e por isso alimentamos o desespero de perder o controle da vida.  Expostos a esse tipo de pensamento buscamos nos agarrar a certezas, infundadas as vezes, mas que trazem uma breve sensação de amparo. 

Quando nossa mente entra em contato com algo que está no futuro, as incertezas se manifestam e nos estimulam através do medo a agir para recuperar o controle, porém a cada ação contra o perigo surge uma nova incerteza que nos coloca num looping sem fim de sensações ruins, mas esse mecanismo nem sempre é observado pela pessoa que o sofre, até que se manifeste em uma crise ou doença e só assim avaliamos a possibilidade de diminuir o ritmo e abrir mão de controlar o futuro. 

Na maioria das vezes quando chegamos nesse nível precisamos de ajuda psicológica para sair do ciclo, enxergar novas possibilidades e mudar nosso estilo de vida, buscando ficar mais no presente e desfrutar dos momentos bons que já temos. 

 

Psicóloga Michelle de Souza

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Bom Aluno Londrina

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