Dicas de Estudo Vestibular

Obras literárias obrigatórias para o Vestibular: o que é mais cobrado?

Written by Bom Aluno Londrina

A carga de leitura de quem está prestando o vestibular já é alta só por conta da quantidade de conteúdos disciplinares cobrados nas provas. Além disso, ainda há a lista de livros obrigatórios – só a Fuvest, maior vestibular do país, tem oito obras que são cobradas especificamente. É muita coisa, a gente sabe. E por isso, o Guia do Estudante foi conversar com alguns professores para entender melhor o que é mais cobrado nos vestibulares.

Todos os professores com quem o Guia do Estudante conversou concordam em um ponto: o contexto. Você precisa saber em que meio o livro em questão foi escrito. “O aluno precisa entender que a arte, de um modo geral, é um produto de uma época sob o olhar do pintor, escritor, entre outros”, explica a professora Elaine Antunes, do colégio Dínamis.

Diogo Mendes, do Descomplica, desenvolve: “No estudo das obras exigidas pelos vestibulares, é muito importante compreendermos o estilo de época no qual elas se inserem. Assim, podemos perceber mais facilmente as motivações políticas, sociais e culturais do escritor. Ao ler Iracema, por exemplo, não podemos ignorar que o espírito nacionalista estava em alta à época, estimulado pelo, então, recente processo de independência. Já em O cortiço, muitos dos preconceitos ali presentes refletem diretamente o pensamento determinista, bastante em voga no período”.

Elaine Antunes acrescenta que a comparação com outros autores do mesmo período pode lançar luz sob as subjetividades do autor, perceptíveis, por exemplo, na sua linguagem e em seu posicionamento ideológico. “É sempre bom comparar com outros escritores da época a fim de entender que uma obra é um olhar a respeito do tempo em que se vive”, ela explica.

Ele também alerta para quando os livros são da autoria de escritores estrangeiros. “Para o estudo dessas obras, é imprescindível o conhecimento do contexto histórico no qual os enredos se desenvolvem, diminuindo as diferenças históricas e culturais que distanciam os vestibulandos brasileiros do que é nelas contado”, diz o professor.

Também vale se atentar para a construção dos personagens. O professor João Jonas, do Colégio Cervantes, enumera: “Os perfis traçados, tanto psicológicos quanto sociais, os retratos de época e os diálogos estabelecidos com questões sociais universais e da época”. Falando em contextualizações históricas, Péricles Polegatto, editor de Linguagens e Códigos dos materiais didáticos da Pearson Brasil, dá outra dica: “É comum que os vestibulares cobrem a relação das obras com algum contexto atual da nossa sociedade”.

Então nunca se esqueça de ficar de olho nos jornais, ok? E tambêm dê uma olhada nas provas antigas para se adaptar ao estilo das questões.

Via Guia do Estudante

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