Meu nome é Ana Caroliny Pacheco Sotana, tenho 21 anos e vim contar um pouco da minha história e da importância do projeto Bom Aluno nela. Bom, eu sempre havia estudado em colégios públicos da periferia de Londrina, pois meus pais nunca tiveram condições de me matricularem num colégio particular, e assim se sucedeu até que, quando eu estava na antiga 5° série (com 10 anos) eu fiquei sabendo que o projeto bom aluno ia fazer uma seleção para alunos da minha idade. Quando eu descobri que com essa seleção eu teria uma oportunidade de estudar num colégio particular, eu não pensei duas vezes pra me inscrever, pois vi no projeto uma chance de mudar o meu futuro. Todavia, eu nunca imaginei que depois de uma seleção restrita com 5 etapas e dias de ansiedade esperando o resultado eu finalmente estaria dentro! Então, depois de formada uma turma pequena, com 19 alunos, começamos a ter aulas particulares 3x por semana de manhã, além das aulas regulares a tarde. Era bem corrido, além das provas do colégio tínhamos que estudar também para as provas do bom aluno, mas valeu a pena cada minuto. Sem falar que conheci pessoas que levarei para sempre em meu coração. Depois de um ano de aulas particulares, recebi a notícia de que o Colégio Marista de Londrina havia aberto duas vagas, e uma delas era a minha! Fiquei muito feliz e insegura ao mesmo tempo, seria uma mudança e tanto, mas fui tão bem acolhida no colégio que em pouco tempo já havia me adaptado, e as aulas particulares que fiz contribuíram consideravelmente para essa rápida adaptação. Estudei no colégio Marista da 7° série do ensino fundamental até o 3° ano do ensino médio.
Logo quando entrei no Marista, comecei a ter aulas sobre o corpo humano e foi aí que eu me encantei por essa máquina tão perfeita que é o nosso corpo, e então decidi que queria fazer medicina. No terceiro ano, depois de muito estudo, fiquei frustrada quando não passei na primeira fase do vestibular da UEL por uma questão. Mas eu não desisti! Consegui uma bolsa no cursinho preparatório do colégio Universitário, e comecei uma rotina intensa de estudos. Todavia, após 6 meses de cursinho (no meio do ano) a PUC abriu vagas para bolsas de estudos pelo PROUNI e eu me inscrevi. Alguns dias depois, recebi uma ligação da universidade para que eu fosse levar meus documentos pois eu era a primeira da lista de espera, e assim eu fiz. Fiquei esperando o resultado por uma semana, todo dia eu olhava a página da faculdade torcendo para que desse certo. E deu! Foi o dia mais feliz da minha vida, eu nem acreditava que tinha conseguido uma bolsa numa universidade tão renomada como a PUC! E ainda na minha cidade, sem que eu precisasse me mudar para estudar. Hoje, estou no quarto ano do curso de medicina e posso afirmar que as oportunidades que o Bom Aluno me deram foram decisivas para eu ter me tornado quem eu sou hoje. Além de nos incentivarem sempre a sermos bons alunos, eles também nos incentivam a sermos agentes de transformação social, e creio que com minha profissão futura eu poderei ajudar muitas pessoas, assim como fui ajudada.
