Louisa Clark tem 26 anos, é uma mulher com potencial, porém sem ambições. Mora com seus pais, sua irmã mãe solteira, seu sobrinho e o seu avô que após sofrer um derrame, precisa de muitos cuidados. Lou leva uma vida normal: ela namora, trabalha num café, um emprego mal remunerado, mas que serve para as despesas. Quando seu chefe avisa que o café vai fechar, Lou é obrigada a procurar outro trabalho.
Com seu pequeno currículo Lou consegue um emprego na casa da família Traynor como cuidadora de um tetraplégico, Will é um homem de 35 anos que ficou preso a uma cadeira de rodas após ter sido atropelado por uma moto. Ele sofre bastante, já que antes do acidente era um homem muito ativo na vida e nos esportes, Will agora desconta todo sua amargura nas pessoas que estiverem por perto. Ele já está cansado da vida que leva, acha que tudo está acabado e que nada mais faz sentido. Então Will planeja cuidadosamente algo para acabar com isso, só não esperava que Lou aparecesse na sua vida tentando dizer o contrário.
O livro traz algumas reflexões sobre o preconceito próprio dele com a sua deficiência, de outras pessoas e as dificuldades sofridas por ele. Muitas vezes Will deixa de sair, para ficar em casa, por causa da falta de acessibilidade nos locais, lugares cheios de pessoas com olhares maldosos e julgadores e isso o deixa muito irritado e de certa forma triste. Outro ponto interessante é quando Lou mostra a Will as diversas atividades que ele pode fazer e também quando ela fala de outras pessoas com deficiência que servem de inspiração e motivação mostrando a ele que ainda há muitas coisas para fazer, experimentar. É uma leitura bem tranquila, escrita de uma maneira que faz você se apegar aos personagens facilmente e é muito interessante a forma com que a escritora desenrolou este romance. Mostrando que mesmo quando tudo parece acabado com esforço, amor e principalmente coragem você pode reverter isso.