Na década de 90 os empresários de Curitiba, Francisco Simeão e Bonacin. resolveram criar um programa que apoiasse alunos talentosos pertencentes a famílias com baixa renda. A intenção era criar condições para que crianças e jovens com grande potencial não deixassem de realizar seus sonhos por falta de recursos financeiros. O programa foi criado e recebeu o nome de BOM ALUNO. Passados alguns anos de sua implantação, eu e o Luiz Carlos conhecemos o programa e resolvemos replicar em Londrina. Nós, da mesma forma que o Simeão e Bonacin já defendíamos a tese de que o desenvolvimento do Brasil passava necessariamente pela melhoria na educação. Tínhamos a mesma filosofia e já patrocinávamos alguns programas voltados para a educação, todavia, nossos programas não tinham a formatação do BOM ALUNO, que foi minuciosamente estudado para que tivesse sucesso. O que fizemos foi adotar a metodologia e passar a promover a educação de forma mais produtiva, com resultados efetivos, com melhor aproveitamento dos recursos financeiros e usando nossa estrutura empresarial como suporte. Como não tínhamos as mesmas condições financeiras dos empresários de Curitiba, resolvemos criar um instituto para permitir que outros empresários com filosofia parecida pudessem ingressar no programa e mais alunos fossem beneficiados. Essa nossa decisão de trazer o programa para Londrina ocorreu no ano 2000 e hoje já estamos completando 19 anos com muito sucesso. Nesse período apoiamos muitos alunos e muitas famílias foram beneficiadas indiretamente pela evolução de seus filhos. Além dos alunos e famílias, também os mantenedores e parceiros foram impactados pela política de responsabilidade social, colhendo os frutos de uma imagem positiva na sociedade e um belo exemplo de solidariedade. Eu tenho muito orgulho de presidir esse programa e tenho buscado sempre inovar, dando novos desafios para que o programa se mantenha sempre num processo evolutivo. Ao criar, por exemplo, o Coral Bom Aluno em parceria com o Colégio Mãe de Deus, vislumbrei vários objetivos: o de integrar mais os alunos que estão espalhados em várias escolas e em séries diferentes; aproximar as famílias do programa e promover também a integração delas; desinibir os alunos, ajudando na sua comunicação; divulgar o programa na comunidade, pois o Coral ganha palcos privilegiados para o marketing do Bom Aluno. Estamos realizando algumas experiências com o High Scool e, recentemente, fizemos a experiência de selecionar alunos mais jovens, saindo do quinto ano. O programa que no início exigia um esforço muito grande para conseguir parcerias, hoje, felizmente tem um nome forte e um conceito elevado em nossa sociedade. É muito bom fazer parte dele.
Ary Sudan
Presidente do Instituto Bom Aluno de Londrina
